Você já parou para pensar no prejuízo que uma cidade tem com os engarrafamentos? Muito tempo parado acarreta perdas produtivas, maiores índices de poluentes e redução na qualidade de vida de seus moradores. Como prova disto, um estudo divulgado pela Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, mostra que só no ano de 2013 os congestionamentos custaram R$ 98 bilhões nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. O prejuízo equivale a aproximadamente 2% do PIB – Produto Interno Bruto Brasileiro.
Com este valor seria possível construir 1.960 quilômetros de metrô ou 39 mil e 200 quilômetros de corredores de ônibus do tipo BRT – Bus Rapid Transit, ou, ainda, até 10 mil quilômetros de VLT – Veículos Leves sobre Trilhos*. A pesquisa leva em conta apenas as horas de trabalho perdidas e o combustível desperdiçado.
No entanto, o estudo aponta que o custo do congestionamento é maior, já que engloba fatores como os gastos na saúde pública, maior manutenção nos veículos em decorrência dos desgastes dos equipamentos, degradação da estrutura viária, horas extras, queda de produtividade dos trabalhadores e até redução nas vendas do comércio.
Com a constatação, é perfeitamente razoável a discussão sobre a implantação e reorganização de um sistemas de transporte mais organizado em ambas as regiões, com uma rede de modais integrados, além de um melhor planejamento urbano, com uso eficiente da ocupação do solo, para evitar a necessidade de tantos deslocamentos.
* Valores utilizados pelo autor, considerando:
R$ 50 milhões/km de metrô
R$ 2,5 milhões/km de BRT
R$ 10 milhões/km VLT